CEAMIG
Centro de Estudos Astronômicos
de Minas Gerais
Coordenadoria
Científica
Eclipses Lunares 2003 – Projeto Observacional
Antônio Rosa
Campos
I – Introdução
Neste
ano de 2003, ocorrerão 02 eclipses totais da Lua, onde as condições
observacionais serão favoráveis a algumas atividades ao alcanceda
maioria dos astrônomos amadores, proprietários de pequenos equipamentos
ópticos.
Ressaltamos
ainda que, o CEAMIG já elaborou diversas observações destes
eventos (e também de eclipses do Sol), cuja análises, reduções
e interpretações de dados se encontram publicados nos seguintes
periódicos:
Foi citado também na revista Sky & Telescope, September 1996, pág. 101, por Roger W. Sinnot, por ocasião do envio de dados do eclipse de 29 novembro de 1993.
II – Circunstâncias dos Eclipses em 2003
II. a – Eclipse total de 16/05/2003
| Nascer
da Lua: |
18:03 |
| Ocaso da Lua: |
06:36
|
| Magnitude: |
1,13
|
| Início
da fase parcial: |
23:07
|
| Início
da fase total: |
00:17 |
| Máximo
do eclipse: |
00:43 |
| Fim
da fase total: |
01:09
|
| Fim
da fase parcial: |
02:20 |
II.b – Eclipse Total de 08/11/2003
| Nascer da Lua: |
17:56
|
| Ocaso da Lua: |
04:51 |
| Magnitude: |
1,02 |
| Início
da fase parcial: |
20:35 |
| Início
da fase total: |
22:10 |
| Máximo
do eclipse : |
22:20 |
| Fim da fase total: |
22:31 |
| Fim da fase parcial: |
00:05
|
III – Cronometragens das crateras
Para
ambos os eclipses, poderão ser cronometrados a imersão e imersão
das crateras e elevação do relevo lunar de acordo com a tabela
1.
Para
as observações óticas, utilize aumentos em torno de 40x,
não devem ser usados aumentos superiores a 60 x, pois eles diminuem a
nitidez da fronteira da umbra e geralmente introduzem erros sistemáticos
nas cronometragens.
Tabela 1
| CRATERA |
DIÂMETRO KM |
COORDENADA SELENOGRÁFICA |
| GRIMALDI |
222 |
06 S - 68 W |
| ARISTARCHUS |
36 |
24 N - 47 W |
| KEPLER |
32 |
08 N - 38 W |
| BILLY |
46 |
14 S - 50 W |
| PYTHEAS |
20 |
20 N - 20 W |
| COPERNICUS |
92 |
10 N - 20 W |
| PLATO |
101 |
52 N - 10 W |
| TIMOCHARIS |
35 |
27 N - 13 W |
| PICO |
2,4 Km. de altitude |
46 N - 08 W |
| CAMPANUS |
48 |
28 S - 28 W |
| ARISTOTELES |
85 |
50 N - 18 E |
| EUDOXUS |
67 |
45 N - 17 E |
| MANILUS |
39 |
14 N - 09 E |
| MENELAUS |
27 |
17 N - 16 E |
| PLINIUS |
43 |
16 N - 24 E |
| DIONYSIUS |
17,6 |
03 N - 17 E |
| TYCHO |
90 |
43 S - 11 W |
| PROCLUS |
28 |
16 N - 47 E |
| TARUNTIUS |
56 |
05 N - 47 E |
| GOGLENIUS |
54 |
10 S - 45 E |
| LANGRENUS |
132 |
09 S - 61 E |
Poderão ainda serem analisados posteriormente 5 contatos distintos:
NOTA:
Obviamente este contato C3 será o mais importante para a análise da umbra.
IV - Atividades observacionais durante a fase de totalidade
1 ) Número de Danjon:
A estimativa do número de Danjon deverá ser efetuada no meio dos eclipses. Poderá ser estimados ainda valores intermediários ou distintos para cada hemisfério.
| N.º |
Evolução Numérica |
|
0 |
Eclipse muito escuro, a Lua torna-se dificilmente visível especialmente na metade do eclipse total. |
| 1 |
Eclipse escuro, com coloração cinza ou marrom com detalhes do disco lunar visíveis com dificuldade. |
| 2 |
Eclipse vermelho escuro com limbo lunar vermelho, à área central escura e nas bordas mais brilhantes. |
| 3 |
Eclipse de cor vermelho-laranja, a sombra com bordas amarelas mas, brilhantes |
|
4 |
Eclipse brilhante de cor laranjada com bordas azul brilhante. |
Observação: Valor de determinação da obscuridade do eclipse.
Nestas estimativas, utilize a visão desarmada e/ou binóculo.
2) Magnitude total da Lua
Comparado-se o brilho da Lua com o brilho de esrelas próxima, observada através de um binóculo invertido e observadas simultaneamente a olho nu, podem ser feitas estimativas da magnitude total da Lua no meio do eclipse.
A magnitude (m) poderá ser obtida através da equação:
M = mag-0,3-5logA
(onde mag. corresponde à magnitude observada e logA ao logaritmo decimal do aumento do binóculo, em vezes).
3 – Registros de Manchas, cores e TLPs
Devem ser registradas todas as principais características do evento, incluindo a presença de cores, manchas de albedo, a visibilidade de crateras, mares e do limbo lunar. Devem ser incluídas também observações positivas de Fenômenos Lunares Transientes (TLPs).
V – Referências
Vital, Hélio de Carvalho, - Projeto Observacional n.º 215/96 – REA – Rede de Astronomia Observacional – SP – Brasil. 3p.
........ , Eclipse Lunar Parcial de 24 de março de 1997 - Alguns dados preliminares e comentários, Reporte REA n.º 9; pág. 9 – REA – SP – Brasil; maio 2000.
Campos, Antônio Rosa, - Dados para a Observação do Eclipse total da Lua de 16/17 de Agosto 1989. – CEAMIG – Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais. Belo Horizonte – MG, 1989, 4p.
Campos, Antônio Rosa et alli – Eclipse total da lua de 29/11/93 – Relatório de Observação - CEAMIG – Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais. Belo Horizonte – MG, 1993, 12p.
Campos, Antônio Rosa; Pimentel, Eduardo José Gomes, alli - Análise preliminar da observação do Eclipse Total da Lua de 03-04 abril de 1996 - CEAMIG – Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais. Belo Horizonte – MG, maio 1996.
O eclipse de 15-16/05/2003 foi observado e fotografado no Observatório Astronômico Kappa Crucis com os seguintes instrumentos: